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06
jul

Alta da inflação exige estratégia de empreendedores 

Atualmente, alta de custos é o que traz mais dificuldades para os PMEs

A inflação, atualmente na casa dos dois dígitos (11,73% em 12 meses), assola não apenas consumidores com renda baixa, mas também as empresas. Por exemplo, houve aumentos de aluguel, combustível e eletricidade que tiveram um impacto disruptivo no fluxo de caixa de micro, pequenas e médias empresas.

Em uma pesquisa com mais de 13 mil empresários realizada pelo Sebrae em parceria com a FGV, para 50% dos entrevistados, o aumento da inflação é o mais difícil para as empresas. “Qualquer crescimento, seja em matéria-prima ou energia, pode afetar significativamente as contas das PMEs”, disse o professor de Economia Pedro Henrique Nascimento da FEA-RP/USP.

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A pesquisa também revelou que a falta de clientes devido ao declínio da receita é outro grande problema enfrentado pelas PMEs. “Os custos aumentaram e as receitas dos negócios diminuíram devido à queda nas vendas, refletindo a queda no poder de compra.”

A empresária Fabiana Lemos, dona de um estúdio de sobrancelhas na Avenida Paulista, em São Paulo, conhece bem a situação e a inflação, trouxe uma piora com a pandemia, onde alguns itens ficaram muito mais caros, afetando diretamente o andamento da obra.

“Antes, pagava cerca de R$ 20 a caixa de luvas com 50 pares; hoje, fica em torno de R$ 100. Outros itens, como agulhas, algodão e máscaras, que já faziam parte da nossa segurança, também tiveram preços elevados devido à maior procura.”

Uma das consequências dos altos custos é a mudança no local de atendimento. Antes, eles ficavam em uma galeria, também na região da Avenida Paulista. Para manter os custos de aluguel baixos, eles decidiram se mudar para um quarto em um prédio de escritórios.

Essa mudança também aconteceu com Ramon Lima, proprietário da Marahú Comida Paraense, que teve que fechar seu espaço físico em São Paulo por conta da inflação. Atualmente, ele realiza entregas e atividades na capital apenas por meio de empresas terceirizadas. Lima não planeja reabrir os espaços físicos tão cedo.  “As coisas não estão favoráveis, já que tudo está muito caro. Aluguel, custo de manutenção e insumos subiram demais.”

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IMPORTANTE

Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, as PMEs têm algumas alternativas para reduzir o impacto da alta da inflação. Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper, ressalta que é preciso ter cuidado ao comprar insumos nessa situação. “Para pagar menos, talvez seja necessário substituir algumas marcar de produtos sem degradar a qualidade”, disse ele, recomendando diversificar os provedores de crédito com novos produtos e não confundir contas pessoais com contas comerciais.

Outro ponto a ser observado é o equilíbrio entre a necessidade das empresas aumentarem seus encargos e a sensibilidade dos consumidores a possíveis alterações no valor cobrado. É preciso avaliar se os clientes reduzirão ou até deixarão de consumir o produto à medida que o preço aumentar, o que piorará a situação.

Fonte: Estadão

Autor:

MarketUP

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