Alta no preço de combustíveis e mercadorias impactam pequenos negócios Notícias
27
set

Alta de combustíveis e mercadorias impactam pequenos negócios

A alta no preço das mercadorias e os sucessivos aumentos no valor dos combustíveis têm sido os principais fatores a pressionar os custos dos pequenos negócios. A conclusão é da 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento foi feito entre o fim de agosto e o início de setembro com 6.104 respondentes de todos os estados e do Distrito Federal.

Os gastos com insumos, mercadorias e combustíveis foram apontados como os que mais impactam os negócios por 63% dos microempreendedores individuais (MEIs) e por 61% das micro e pequenas empresas (MPEs). Somando-se esses números às despesas com gás e energia elétrica, as porcentagens sobem para 76% para MEIs e 77% para pequenos negócios. O aluguel foi citado por 13% dos MEI e por 15% das MPEs.

Segundo o Sebrae, o cenário ainda pode piorar. No acumulado deste ano até agosto, os preços da gasolina e do diesel avançaram 31,09% e 28,02%, respectivamente, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa é que a inflação fique em torno dos 8% em 2021. “Caso essa estimativa se confirme é possível que mais empreendedores sintam esse impacto, o que dificultará ainda mais o processo de retomada dos pequenos negócios, que estão começando a se recuperar dos danos causados pela pandemia”, afirmou Carlos Melles, presidente do Sebrae.

Combustível e mercadorias têm pesos diferentes a depender do perfil do empreendedor

A alta dos preços das mercadorias e combustíveis exercem pesos diferentes a depender do porte da empresa. O valor dos insumos têm um impacto maior para as micro e pequenas empresas (39%) do que entre os MEIs (35%), enquanto a alta dos combustíveis pesa mais nos microempreendedores individuais (28%) do que nas MPEs (22%).

Também há diferenças nas respostas de homens e mulheres. Para 32% dos homens, os gastos com combustíveis têm maior peso, contra 17% entre as mulheres. Para as empreendedoras, contudo, o que mais impacta são os gastos com insumos e mercadorias: 41% delas indicaram esse quesito, enquanto apenas 34% dos empreendedores escolheram essa mesma opção. “Esse resultado é reflexo de muitas atividades que existem mais em determinados portes e perfis, como por exemplo motoristas e entregadores de aplicativos, que são na maioria das vezes microempreendedores individuais, homens e que dependem do combustível para trabalhar. Assim como as indústrias, que geralmente são micro ou pequenas empresas e dependem mais de matéria-prima”, analisou Melles.

Redação MarketUP | Fonte: Agência Sebrae de Notícias

Autor:

MarketUP

Essas são as informações do autor que postou esse conteúdo muito interessante.