Após três altas seguidas, confiança do comerciante volta a cair Notícias
22
set

Após três altas seguidas, confiança do comerciante volta a cair

A confiança do comerciante brasileiro diminuiu 0,4% em setembro, registrando 119,3 pontos e interrompendo uma sequência de três altas consecutivas. Apesar da queda, o indicador se mantém na zona de satisfação — acima dos 100 pontos. Os dados são do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) e foram divulgados ontem, dia 21 de setembro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

De acordo com a Confederação, a redução ocorreu depois do Índice ter acumulado alta de 30,7% desde junho deste ano. Na comparação com o mesmo período de 2020, o aumento do Icec foi de 30,2%, constatando um padrão de confiança acima do primeiro ano de pandemia de covid-19.

Para José Roberto Tadros, presidente da CNC, os dados reforçam a tese de recuperação do setor, mas ainda há muitos desafios a serem enfrentados até a retomada do crescimento da economia brasileira. “A queda da confiança empresarial pode estar associada à pressão sobre os custos da alta dos combustíveis, do aumento da tarifa de energia elétrica e por conta da crise hídrica, além de refletir as expectativas com relação aos efeitos da inflação sobre o consumo”.

Queda da confiança do comerciante refletiu em todos os componentes do Icec

Todos os componentes mensurados pelo Icec caíram em setembro — cenário que não acontecia desde abril, quando o Índice registrou 6,4%. Segundo a CNC, contudo, mesmo com a queda de 0,9% no indicador que avalia as expectativas do empresário, ele permanece dentro da região de satisfação, com 153,9 pontos. O indicador que avalia as intenções de investimentos caiu 0,7%, ficando em 104,2 e permanecendo na região de satisfação. O único subíndice que ficou abaixo dos 100 pontos foi o que analisa as condições atuais do empresário, que chegou a 99,7 pontos e teve queda de 0,3%.

Para Izis Ferreira, economista da CNC, a queda não pode ser interpretada como uma tendência, já que o avanço da vacinação contra a covid-19 aponta redução da pandemia. “Pode estar associada a uma relativa acomodação empresarial causada pelo crescimento anterior. Fatores como inflação, desemprego e possibilidade de aumento dos juros também podem ter contribuído para a deterioração das expectativas em geral”.

De acordo com ela, a aproximação do Dia das Crianças, comemorado em 12 de outubro e historicamente uma data importante para o varejo, deve ajudar a equilibrar a desconfiança evidenciada neste mês.

Redação MarketUP | Fonte: Agência Brasil

Autor:

MarketUP

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