Banco Central aumenta Selic, taxa básica de juros, para 9,25% ao ano
Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou mais uma vez a Selic, taxa básica de juros, de 7,75% para 9,25% ao ano. A decisão, divulgada ontem (8 de dezembro), já era esperada por analistas do mercado financeiro devido ao aumento da inflação e à consequente necessidade de ajustes para segurar a alta dos preços.
Depois de passar seis anos sem sofrer elevação, esse já foi o sétimo reajuste consecutivo na Selic. Ela é o principal instrumento do BC para manter a inflação oficial sob controle. Medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação ficou em 1,25% em outubro — o maior nível para o mês desde 2002, quando chegou a 1,31%. Nos últimos 12 meses, o IPCA chegou a 10,67%.
Segundo o mercado financeiro, o IPCA deve chegar a 10,18%, neste ano. Tanto o resultado em 12 meses quanto a previsão para o ano do indicador estão acima do teto da meta de inflação para o ano. O Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação em 3,75% para 2021, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Elevação da Selic garante controle da inflação
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais alíquotas de juros da economia.
A elevação da Selic ajuda a controlar a inflação, já que juros maiores encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo por parte da população. A alta das taxas, contudo, dificulta a recuperação da economia, mas o BC só pode voltar a cortar a Selic caso esteja seguro de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
Redação MarketUP | Fonte: Agência Brasil