Comércio eletrônico gera mais da metade da receita de 30% de MEIs

Mais da metade do faturamento de 1/3 dos microempreendedores individuais (MEIs) provém de vendas on-line. O dado é da 11ª edição da pesquisa O Impacto da pandemia do coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). As vendas pela internet aumentaram com a pandemia do coronavírus e estão sendo responsáveis por parte significativa das vendas de produtos e serviços dos pequenos negócios. Entre as micro e pequenas empresas, esse percentual cai para 22%.

O comércio eletrônico cresceu muito durante a pandemia de covid-19. Para cerca de 70% dos donos de pequenos negócios, esse foi um dos caminhos encontrados para superar esse cenário, que impôs uma série de medidas restritivas para conter a proliferação do vírus. É o que ressalta Carlos Melles, presidente do Sebrae. “A necessidade de inovar e descobrir novas alternativas para manter a renda permitiu que muitos empreendedores passassem a ter a principal parte de seu faturamento nas vendas online. O curioso é que o público que mais tem se beneficiado é justamente o dos microempreendedores individuais.”

MEIs do setor de turismo são as que mais vendem on-line

De acordo com Melles, os MEIs dependem mais das ferramentas digitais do que as micro e pequenas empresas. “A pesquisa mostra que, quando o assunto é comercialização de produtos de forma online, pesa mais o porte do negócio do que o segmento de atuação dos empreendedores”, afirma. Em 14 das 21 atividades analisadas pela pesquisa, as vendas on-line foram mais importantes para MEIs do que outros formatos empresariais. 

Mais da metade dos MEIs do segmento de turismo afirmaram ter mais de 50% das vendas feitas virtualmente, seguidos pelos do setores de economia criativa (46%), indústria alimentícia (45%) e artesanato (43%).

Whatsapp é o principal recurso usado para comércio virtual

O Sebrae já havia detectado que a plataforma Whatsapp é a ferramenta mais utilizada pelos empreendedores que se inseriram no mundo digital: ao menos 84% deles são adeptos do aplicativo. Cerca de 90% das empresas que exercem atividades como artesanato, beleza e moda e passaram a comercializar on-line utilizam o app para vender seus produtos e serviços. Instagram e Facebook são as próximas opções, com 54% e 51%, respectivamente. Apenas 23% dos negócios vendem em lojas virtuais próprias.

Redação MarketUP | Fonte: Agência Sebrae de Notícias