Confiança de micro e pequenos empreendedores estabiliza em fevereiro
Após ter apresentado uma queda de dezembro para janeiro, a confiança dos donos de micro e pequenas empresas voltou a crescer e ficou estável em fevereiro. Beneficiada principalmente pela melhoria no comércio, o Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) aumentou 0,4 ponto no último mês, mantendo-se em torno de 90 pontos.
O IC-MPE é elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e mede a avaliação atual em relação à economia. O Índice cresceu 3,9 pontos entre os empreendedores do comércio, mas caiu 1,4 ponto no setor de serviços e 2,6 pontos no de indústria de transformação.
Já o Índice de Expectativa das Micro e Pequenas Empresas (IE-MPE) subiu 1,8 ponto, chegando a 93,3 pontos. Em janeiro, o indicador havia perdido 6 pontos. O principal fator para o seu avanço foi a melhora das perspectivas sobre a demanda para os próximos três meses, que subiu 1,2 ponto em fevereiro após ter caído 9 pontos no primeiro mês do ano. Para os próximos seis meses, a perspectiva de crescimento da demanda ficou estável, subindo 0,4 ponto.
De acordo com o Sebrae, os dados indicam ligeira melhora nas expectativas do comércio no curtíssimo prazo. Para os próximos meses, os micro e pequenos empresários continuam com incertezas, provocadas pela crise internacional, pela evolução da pandemia de covid-19, pelas pressões de custos e pelo calendário eleitoral.
Exigências para concessão de crédito a pequenos negócios cresceram
O indicador de crédito registrou uma queda de 5,1 pontos em relação a fevereiro de 2020, período anterior à pandemia de covid-19, e fechou o segundo mês de 2022 com 96,7 pontos. O índice mede as exigências para concessão ou renovação de empréstimos bancários e quanto menor a sua pontuação, maior a exigência das instituições financeiras para os pequenos negócios.
Entre os segmentos, o setor de serviços é o que enfrenta maior dificuldade para obter crédito, com o indicador 17,8 pontos inferior ao do período pré-pandemia. Em segundo lugar, vem o comércio, com indicador cerca de 9 pontos abaixo do de fevereiro de 2020. Apenas a indústria de transformação apresenta crescimento e tem menos exigências para a concessão e renovação de crédito, com o indicador 6,2 pontos mais alto que antes da pandemia.
Redação MarketUP | Fonte: Agência Brasil