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Empreendedorismo feminino: seus desafios e como superá-los

Não é segredo algum que empreender, principalmente no Brasil, não é tarefa fácil. Os altos encargos tributários e a falta de conhecimentos necessários para gerir bem um negócio são alguns dos desafios que empreendedores devem enfrentar. Quando o assunto é empreendedorismo feminino, a dificuldade pode ser ainda maior. Isso porque, infelizmente, os obstáculos no caminho delas costumam ser ainda maiores.

Tantos desafios, no entanto, parecem não intimidar as mulheres que desejam se aventurar no empreendedorismo. Prova disso está na pesquisa GEM Brasil 2015 (Global Entrepreneurship Monitor). Ele indicou que a quantidade de mulheres donas de empreendimentos com menos de 3,5 anos é 15,4%. Enquanto isso, a quantidade de homens considerados “Novos Empreendedores” pela pesquisa foi de 12,6%.

O mesmo estudo ainda identificou outros dados essenciais que apontam o aumento do empreendedorismo feminino no país. Por exemplo, o motivo pelo qual as mulheres estão cada vez mais interessadas em empreender por si próprias. Segundo a pesquisa, elas são motivadas tanto pela necessidade de possuir alguma outra fonte de renda quanto pelo desejo de alcançar sua independência financeira.

E, segundo um relatório divulgado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae ES), elas têm obtido êxito nesse objetivo. Isso porque, entre 2017 e 2018, a proporção de mulheres que são “chefes de domicílio” passou de 38% para 45%. Ou seja, o empreendedorismo permitiu que mais mulheres assumissem uma posição de protagonismo na renda de suas residências.

Mas, apesar do crescente papel das mulheres no empreendedorismo, ainda existem desafios a serem superados. Separamos, a seguir, os principais que ainda atrapalham que elas tenham chances melhores de crescerem e se desenvolverem  nesse mercado.

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DIFICULDADE EM OBTER EMPRÉSTIMOS

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Para quem não possui capital para dar um pontapé inicial no negócio, um empréstimo pode ser fundamental. Mas uma das primeiras barreiras que a maioria das mulheres encontra ao empreender é a dificuldade em conseguir crédito em bancos. Mesmo que dados do Sebrae mostrem que elas têm um nível de inadimplência abaixo dos homens e pagam juros mais altos do que o sexo oposto.

A origem para essa dificuldade, no entanto, pode ser encontrada em dois fatores. O primeiro, obviamente, é o preconceito que ainda existe em alguns bancos. Muitos deles enxergam com desconfiança empreendimentos comandados por mulheres. E esse pé atrás atrapalha as empreendedoras que precisam de crédito. O segundo, muitas vezes, é a falta de habilidades de negociação das próprias mulheres.

Portanto, as mulheres que desejam obter crédito para começar a empreender devem vencer este primeiro obstáculo. Desenvolver a própria experiência em negociar é essencial para vencer a desconfiança e conquistar o capital necessário. E, para isso, não faltam cursos que ensinam as melhores técnicas de negociação do mercado. Esta habilidade será útil durante a carreira de qualquer empreendedora. 

BAIXA CREDIBILIDADE NO MERCADO

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Não é de hoje que as mulheres são vistas com desconfiança pelo mercado. Infelizmente, ainda é comum quem ache que elas não são boas líderes. Este pensamento (incorreto, vale dizer) afeta empréstimos, negociações e até mesmo os resultados. Acredite: não é raro quem evite os produtos ou serviços de alguma empresa apenas porque ela é comandada por uma mulher, e não por um homem.

Dados do Sebrae indicam que, apesar das mulheres serem 16% mais escolarizadas que os homem, suas empresas faturam 22% menos. A rentabilidade menor dos negócios liderados por mulheres se deve muito à falta de credibilidade que elas têm no mercado. E isso pode acontecer, provavelmente, porque a maioria das mulheres abre empresas apenas por necessidade, não por alguma oportunidade no mercado.

Pode levar muitos anos até que as mulheres recebam o reconhecimento que merecem como empreendedoras. Mas, para que isso aconteça, é necessário antes já formar a mentalidade das novas gerações. Por exemplo, dando mais destaque para as mulheres empreendedoras de hoje. Ou então, incentivando jovens meninas a se interessar por disciplinas valorizadas no empreendedorismo, como matemática.

VIDA PESSOAL X VIDA PROFISSIONAL

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Ainda que essa situação tenha passado por transformações em anos recentes, ainda é comum que a mulher faça os afazeres domésticos. Cuidar da casa, do filho e da alimentação ainda sobrecarregam as mulheres, principalmente as que sonham em empreender. Apesar de muitos homens já assumirem essas tarefas com mais naturalidade, ainda falta um longo caminho antes dessa situação mudar de vez.

O empreendedorismo, aliás, é o caminho profissional que muitas mulheres escolhem para si em busca de flexibilidade. Ou seja, elas pensam que assim terão mais tempo para se dedicar melhor tanto à carreira quanto à família. Segundo uma pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora, 70% das mulheres empreendem por esse motivo. Porém, conciliar família e trabalho não é nada fácil. 

Uma das possíveis soluções para tornar essa dupla jornada mais fácil para mulheres empreendedoras é contar com pessoas compreensivas. Conversar com o parceiro ou outros familiares para que haja divisão nas tarefas é essencial. Dessa maneira, tanto a vida profissional quanto a vida pessoal não sairão prejudicadas de alguma forma. Engajar os homens a apoiar essa divisão também é fundamental.

FALTA DE ESTÍMULO E CONHECIMENTOS

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Atualmente, o desejo de empreender, seja por necessidade ou oportunidade, está mais latente nas mulheres. No entanto, a falta de estímulos para isso ainda as afeta mais do que aos homens. Ainda que expressiva, a pouca quantidade de mulheres em posições de liderança causa certa insegurança. Cerca de 43% das mulheres veem o medo do fracasso como principal empecilho para não abrir uma empresa.

O fato de que negócios liderados por mulheres tendem a fracassar mais cedo do que os liderados por homens também é desencorajador. E apesar de não haver uma causa exata para isso, é possível observar que o empreendedorismo por necessidade é mais comum entre elas (44%). Ou seja, muitas vezes, que empreende não tem experiência anterior ou desenvolveu habilidades úteis para tal.

Portanto, capacitar-se nas diferentes habilidades necessárias para sobreviver no empreendedorismo é simplesmente indispensável. Saber, por exemplo, como fazer um planejamento financeiro eficiente ou como lidar com funcionários faz toda diferença. Dessa maneira, as chances do empreendedorismo feminino dar bons resultados e ter uma vida longa no concorrido mercado são ainda melhores.

Por: Luis Carvalho

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MarketUP

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