Dia das Crianças deve ter faturamento recorde, estima CNC

A movimentação financeira do varejo brasileiro para o Dia das Crianças deste ano deve chegar a R$7,43 bilhões. Se a expectativa for confirmada, será o maior faturamento do comércio nacional para a data comemorativa desde 2015, quando atingiu R$7,52 bilhões. Os dados são da Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e foram divulgados ontem, dia 5 de outubro.

O Dia das Crianças é a terceira data mais importante para o varejo, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. Contudo, com a crise decorrente da pandemia de covid-19, o setor registrou a sua menor movimentação financeira para a data desde 2009 no ano passado, totalizando R$6,52 bilhões e uma retração de 11,3% em comparação ao ano anterior. 

De acordo com Fabio Bentes, economista sênior da CNC, o avanço de 14% em 2021 — já descontada a inflação — é atribuído à fraca base comparativa de 2020 sobre 2019, quando a receita das vendas somou R$7,35 bilhões. O economista acredita, entretanto, que a tendência é de recuperação, tal como aconteceu a partir de 2017. “De lá em diante, as vendas vieram crescendo pouco, mas cresceram, e foram interrompidas por esse ano atípico de 2020”, avaliou o Bentes.

Expectativa da CNC reflete otimismo do setor pós segunda onda

A expectativa de expansão das vendas para a data neste ano é reflexo do aumento de 34% na circulação de consumidores registrado desde o fim da segunda onda da crise sanitária, em outubro de 2020, até o final do mês passado. “Isso é o lastro do otimismo no comércio. Foi assim também nas datas comemorativas pós segunda onda da covid-19. Desde o final da segunda onda, a gente observa um aumento contínuo na movimentação do varejo”, afirmou Bentes.

Segundo a CNC, o ramo de eletroeletrônicos e brinquedos continuará sendo o destaque das vendas para o Dia das Crianças, respondendo por 31% do volume projetado, ou o equivalente a R$ 2,31 bilhões. Os dois segmentos devem ser seguidos pelo de vestuário e calçados (R$ 2,21 bilhões), com crescimento real em relação à mesma data de 2020 em torno de 28% a 29%.

A análise regional revela que o estado de São Paulo se mantém na liderança, com movimentação financeira de R$ 2,68 bilhões, seguido por Minas Gerais (R$ 758,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 687,2 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 655,7 milhões). Juntos, os quatro estados deverão responder por 53,4% do total movimentado.  A pesquisa mostra, porém, que as maiores taxas em relação ao ano passado são esperadas no Espírito Santo (18,3%), Bahia (4,5%) e Paraná (4,4%), onde a recuperação do comércio se mostra mais forte do que nos demais estados.

Redação MarketUP | Fonte: Agência Brasil