Estimativa de faturamento no Dia dos Pais é a maior desde 2018

O volume de vendas do Dia dos Pais deste ano é estimado em R$6,03 bilhões, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A estimativa de faturamento é a maior desde 2018, representando uma alta de 13,9% em comparação à mesma data do ano passado. A notícia vem em linha com a abertura do comércio, que começa a voltar a funcionar em sua total capacidade em diversas regiões do Brasil.

O Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais importante para o comércio varejista brasileiro. De acordo com Fabio Bentes, economista sênior da CNC, 2020 foi o pior em 13 anos para as vendas da data comemorativa. Na mesma época do ano passado, quando o varejo experimentou o início de um processo de flexibilização das medidas restritivas de combate à primeira onda da pandemia de covid-19, as vendas caíram 11,3% e geraram o menor volume financeiro (R$5,30 bilhões) desde 2007. 

O setor de vestuário, que ainda passa por dificuldades, possui a maior tendência de aquecimento das vendas. “O setor não está tendo espaço para reajustar preços”, comentou Bentes. A projeção é que as lojas que vendem roupas faturem em torno de R$2,43 bilhões, valor equivalente a 40,2% do total estimado para este ano. Os segmentos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$1,24 bilhão) e produtos de perfumaria e cosméticos (R$0,86 bilhão) vêm logo em seguida.

Pesquisa com consumidores fluminenses confirma projeção do CNC

Um levantamento feito pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec-RJ) entre os dias 19 e 22 de julho corrobora com as previsões da CNC. A pesquisa, que contou com a participação de 405 consumidores, mostra que este Dia dos Pais será melhor para o varejo. A previsão é que, só no estado do Rio de Janeiro, 40% da população — o correspondente a 5,6 milhões de pessoas — compre presentes na data. Isso representaria uma injeção financeira de R$901 milhões na economia do estado, contra R$873 milhões em igual período do ano passado.

Entre os presentes mais procurados pelos fluminenses, estão roupas (52,5%), calçados e acessórios (24,7%), perfumes ou cosméticos (18,5%), livros e e-books (8%), smartphones (8%), joias e relógios (7,4%) e computadores e tablets (2,5%).

Inflação é obstáculo para o varejo no Dia dos Pais

Bentes reforçou que, apesar da fraca base comparativa de 2020 favorecer o registro de taxas de incremento mais significativas neste ano, a inflação constitui obstáculo para o varejo. “O que se tem é isso: uma reativação da economia, mas com certos problemas que impedem um avanço mais forte das vendas”. O economista explicou que a inflação está alta porque está sendo puxada por itens específicos na média da cesta de preços.

A cesta de bens e serviços para o Dia dos Pais sinaliza crescimento de 7,8% em relação a 2020, maior variação desde 2016. Dos 13 itens analisados, apenas dois apresentam uma média de preço inferior à do ano passado: livros (1,7%) e aparelhos de som (1,3%). Os maiores aumentos são observados em televisores (22,3%), bebidas alcoólicas (11,8%) e perfumes (10,5%).

Redação MarketUP | Fonte: Agência Brasil