Faturamento do varejo pode ultrapassar 57 milhões de reais no Natal Notícias
14
dez

Faturamento do varejo pode ultrapassar 57 milhões de reais no Natal

O varejo brasileiro deve movimentar R$57,48 bilhões em vendas neste Natal, um crescimento de 9,8% no faturamento em relação a igual período do ano passado. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 

O feriado é a principal data comemorativa para o setor: nos últimos dez anos, as vendas na data corresponderam a 22% do total comercializado no mês de dezembro

De acordo com os dados da Confederação, o ramo de supermercados deverá ser o destaque no Natal deste ano, respondendo por 38,5% (R$22,11 bilhões) do volume total de vendas. Os estabelecimentos de vestuário, calçados e acessórios (35,3% do total, ou R$20,28 bilhões) e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (13,2% do total, ou R$7,60 bilhões) vêm logo em seguida.

No comparativo entre regiões, os estados de São Paulo (R$ 18,01 bilhões), Minas Gerais (R$ 5,19 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 4,93 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 3,62 bilhões) devem concentrar mais da metade (55%) da movimentação financeira prevista.

Inflação e alta no juros ainda são entraves para consumidores

O cenário, contudo, não é tão positivo quanto parece. Em entrevista à Agência Brasil, Fabio Bentes, economista sênior da CNC, afirmou que uma vez descontada a inflação, o volume de vendas sofrerá retração — a segunda consecutiva — de 2,6% na comparação ao volume de vendas natalinas em 2020. Segundo ele, o aumento no faturamento deverá ser corroído pela inflação alta de dois dígitos. “Isso fez toda a diferença, para fazer com que o comércio, pelo menos na nossa expectativa, chegasse ao segundo Natal seguido com retração no volume de vendas, o que não acontecia desde 2016”.

Bentes lembrou que no Natal do ano passado, a inflação estava entre 5% a 6%. “Hoje, ela é o dobro disso”. Os juros também estão mais altos, o que torna o crédito menos atraente para o consumidor: em dezembro do ano passado, a taxa média era de 37% ao ano; em 2021, a expectativa é que fique acima de 45%.

Fluxo de clientes está mais próximo dos níveis pré-covid

De acordo com pesquisa feita pelo Google no início do mês, pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, o fluxo de clientes em estabelecimentos comerciais superou a quantidade observada ao fim de fevereiro de 2020, com alta de 1,9%. No mesmo período do ano passado, o fluxo de consumidores estava 13,4% abaixo do nível pré-pandemia. Bentes ressaltou, porém, que apesar do fluxo de consumidores estar normalizando, o seu poder aquisitivo não é o mesmo. 

Redação MarketUP | Fonte: Agência Brasil

Autor:

MarketUP

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