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20
maio

Google entrará com pedido de falência na Rússia

A falência viria após o Google ter bens bloqueados na Rússia por não restringir conteúdo contra o governo

 

A subsidiária russa do Google anunciou oficialmente sua intenção de declarar falência depois que suas contas foram congeladas pelas autoridades do país. Essa informação foi divulgada pela agência Reuters e comunicada às autoridades nesta quarta-feira, 18.

 

A Alphabet, dona do Google, está sob pressão do governo russo para restringir o acesso a conteúdo que o Kremlin classifica como ilegal, como vídeos do YouTube com retórica anti-Moscou.

 

“As autoridades russas confiscaram contas bancárias do Google Rússia, tornando as operações de nosso escritório na Rússia insustentáveis, incluindo contratação e pagamento de funcionários na Rússia, pagamento de fornecedores e outras obrigações financeiras”, disse um porta-voz do Google, segundo o relatório Reuters.

 

Intenção de declarar falência 

 

O Google Rússia notificou as autoridades de sua intenção de declarar falência. A situação está em andamento desde o final do ano passado, com o conflito se intensificando com a eclosão da guerra ucraniana em fevereiro. O governo russo impôs restrições às mensagens de guerra, que o Kremlin chama de “operações especiais”.

 

Esta é a primeira vez que o Google aponta que suas contas bancárias russas foram congeladas. Não está claro se todos os recursos da empresa estão envolvidos, ou apenas alguns deles.

 

Foi relatado anteriormente que o Google congelou 1 bilhão de rublos (cerca de US$ 15 milhões) do Google depois de não bloquear canais de TV sancionados pelo governo.

 

Antes da guerra, em dezembro, a Rússia havia decidido multar o Google em mais de 7 bilhões de rublos por não restringir determinado conteúdo. Na época, foi a primeira decisão da Rússia contra uma empresa de tecnologia dos EUA.

 

Historicamente, o governo de Vladimir Putin, embora criticado por violar os direitos humanos e a liberdade de expressão, ainda não lançou uma campanha contra plataformas de tecnologia tão abertamente quanto a China.

 

O Google disse que seus serviços gratuitos, como mecanismo de busca, servidor de e-mail Gmail, sistema operacional móvel Android e serviço de vídeo YouTube, continuarão operando na Rússia.

 

O governo russo disse esta semana que não planeja bloquear o YouTube no país ou remover totalmente a Rússia da internet, como foi ao ar no início da guerra.

 

Embora existam redes sociais especialmente russas que são muito populares no país, o YouTube também é uma das plataformas mais usadas, com mais de 90 milhões de usuários mensais.

 

Em março, o Kremlin também restringiu alguns acessos à plataforma Meta, que inclui Facebook, Instagram e WhatsApp, e Twitter. Além de censurar o conteúdo adversário, parte do conflito ocorreu depois que as plataformas restringiram o acesso à mídia estatal russa em meio a guerras em certos países.

 

Fonte: Exame

Autor:

MarketUP

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