Intenção de consumo de famílias cai pela primeira vez desde junho Notícias
23
nov

Intenção de consumo de famílias cai pela primeira vez desde junho

Após registrar quatro meses consecutivos de alta e chegar à estabilidade em outubro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou retração em novembro. Com uma queda mensal de 0,9%, o indicador caiu para 73,4 pontos, permanecendo abaixo do nível de satisfação de 100 pontos. Os dados foram apurados e divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Mesmo com a queda, o atual nível do ICF é o maior da série desde março de 2021, quando registrou 73,8 pontos, e melhor do que o registrado em novembro de 2020, período  em que chegou a 69,8. Na comparação anual, o indicador teve uma alta de 5,1%, mantendo a tendência positiva dos meses anteriores.

Alta dos juros e encarecimento do crédito contribuíram para queda no indicador

Em nota, José Roberto Tadros, presidente da CNC, avaliou que a retração foi influenciada principalmente pelas consecutivas altas dos juros, manobra do Banco Central (BC) para conter o aumento dos preços de produtos e serviços repassados à população. “Os números demonstram que as incertezas econômicas e políticas estão sendo incorporadas pelos consumidores”, afirmou.

Além da redução do poder de compra, o encarecimento do crédito também afetou o item do indicador que mede a perspectiva de consumo: ele manteve o resultado negativo do mês anterior, registrando queda de 1,5%. Catarina Carneiro da Silva, economista responsável pela pesquisa, explicou que essa situação se dá devido ao crédito ser um artifício utilizado pelos consumidores para aumentar suas rendas e tentar manter o padrão de consumo. 

“A incerteza quanto ao tempo necessário para abrandar o processo inflacionário e o nível que os juros devem alcançar para conseguir o objetivo já estão influenciando no momento de consumir e gerando maior cautela”, comentou Silva.

Índice também avaliou intenção de consumo por região brasileira

O estudo da CNC apresentou ainda os destaques por região do País. Segundo os recortes, o Norte apresentou queda na variação anual na maioria dos indicadores, sendo o de Momento para Compra de Duráveis (+13,9%) a única exceção. O item, por outro lado, foi o único a registrar queda na região Sudeste (-16,7%).

Na comparação com 2020, as outras regiões também tiveram retração em apenas um dos itens avaliados. Sul e Centro-Oeste encolheram 6,3% e 6,9%, respectivamente, em Acesso ao Crédito. Já no Nordeste, o item de Perspectiva Profissional teve o resultado mais negativo, com queda de 3%.

Redação MarketUP | Fonte: Agência Brasil

Autor:

MarketUP

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