Intenção de consumo registra crescimento em julho

A perspectiva de melhora da economia do País fez crescer a projeção de consumo no mês de julho. O dado é do levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Embora grande parte dos consumidores ainda esteja receosa com o cenário que vivemos desde o início de 2020, as perspectivas econômicas futuras para o Brasil, somadas ao progresso na vacinação contra a covid-19, vem animando e dando maior segurança para a população retomar as compras.

Segundo o levantamento da CNC, o indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu 68,4 pontos em julho, alta de 2% em relação ao mês anterior. O índice superou o patamar em que se encontrava em julho do ano passado, de 66,1 pontos, em 3,5%. O crescimento foi puxado pelo subíndice Perspectiva de Consumo, que avançou 5,1% no mês, a maior alta entre todos os componentes do Índice.

“A extensão do avanço na expectativa de consumir em julho demonstra que a melhora nas condições de consumo e a confiança no mercado de trabalho devem afetar positivamente o comportamento das famílias em relação ao consumo nos próximos três meses”, constatou a CNC em nota. Apesar dos números positivos, 55,2% dos consumidores ainda afirmam que irão comprar menos nos próximos três meses — percentual menor que o de junho (56,9%) e o de julho de 2020 (59,9%).

ICF aponta melhora em índices de segurança em relação a emprego e renda

O Índice avaliou, ainda, outros fatores que impactam diretamente a confiança do consumidor. Com relação ao emprego, por exemplo, o levantamento de julho avaliou que 36,3% dos entrevistados sentem-se tão seguros hoje com seu trabalho quanto no ano passado. Em junho, 35,5% tinham essa opinião; em julho de 2020, o percentual era ainda menor, de 32,2%. 

Perguntadas sobre finanças pessoais, 41,7% das famílias consideraram a renda pior do que no ano passado, opinião que era de 43,2% dos entrevistados em junho. O resultado, contudo, é negativo na comparação com julho de 2020 (40,7%).

Segundo a CNC, “a maior confiança das famílias na estabilidade da tendência positiva do mercado de trabalho, assim como a disponibilização do auxílio emergencial e uma maior parcela da população já vacinada, favoreceu as condições de consumo.” A entidade ressaltou que “a expectativa das famílias é que esse ambiente econômico mais positivo percebido no curto prazo se prolongue para o longo prazo.”

Redação MarketUP | Fonte: Diário do Comércio