Mercado de franquias: vale a pena investir?
Descubra como funciona uma franquia e as principais vantagens e dificuldades em tornar-se um franqueado
Com as mudanças pelas quais os MEIs passarão em 2019, é comum que muitos pensem em abrir suas próprias empresas. Mas sabemos que não é tão fácil assim entrar de cabeça nos negócios e obter o sucesso desejado. Principalmente com todas as dificuldades e desafios que o empreendedor brasileiro precisa enfrentar na busca pelo sucesso financeiro e profissional. Mas existe outra opção para aqueles que almejam investir em um negócio próprio: o mercado de franquias.
Investir em uma franquia em vez de abrir uma empresa do zero pode ser uma vantagem para os mais inexperientes. Afinal, você está investindo em uma marca já consolidada no mercado e que já foi testada e aprovada pelos consumidores. Dessa maneira, os riscos que podem fazer com que uma empresa feche em pouquíssimo tempo são muito menores. Além disso, ser um franqueado significa contar com a ajuda do franqueador experiente quando os negócios não estão indo bem.
Mas, como acontece em qualquer tipo de empreendimento, abrir uma franquia também pode ter seu lado negativo e seus “perrengues”. Antes de entrar de cabeça neste tipo de investimento, vale a pena pesquisar bastante para não dar passos em falso. Saber quais são as ideias de negócios mais lucrativas para apostar em 2019 já é um bom começo. Mas ainda falta, por exemplo, levantar o dinheiro necessário para o investimento inicial e ainda possuir capital de giro suficiente.
Veja, a seguir, mais detalhes sobre o mercado de franquias e descubra se vale a pena investir seu dinheiro nele.
COMO ABRIR UMA FRANQUIA?
No Brasil, existe uma lei que regulariza este tipo de negociação e detalha direitos e deveres de franqueadores e franqueados. Segundo a legislação, o franqueador deve emitir uma Circular de Oferta de Franquia (COF). Este documento deve explicar como funciona o negócio e quais são as regras que devem ser seguidas pelo franqueado. Nele devem estar contidos também informações relevantes, tais como investimento inicial, valores de taxas, etc. Ele servirá para que a pessoa interessada na franquia decida se tem interesse ou é capaz de investir na rede.
Em caso positivo, o franqueador pode avaliar o franqueado para determinar se ele atende às exigência do COF. Caso isso não aconteça, o franqueador tem o direito de recusar o franqueado, segundo a lei. A legislação também desvincula a relação empregatícia entre franqueador e franqueado. Uma vez que o franqueador aceite o investidor, ele pode ingressar na rede – desde que a marca esteja devidamente registrada.
QUAIS SÃO OS CUSTOS DE UMA FRANQUIA?
Como citado no início deste artigo, fazer parte de uma rede de franquias requer investimentos e exige alguns custos. Alguns modelos de franquia podem demandar investimento inicial de R$ 5 mil, enquanto outros podem custar até R$ 30 milhões. Porém, abrir e possuir uma franquia exige vários outros custos, como:
- Capital de giro
Reserva financeira para arcar com os custos da franquia nos primeiros meses da operação.
- Taxa de franquia
Taxa cobrada para ingresso à rede da marca franqueadora.
- Taxas de Royalties
Cobrança pelo uso da marca enquanto durar o contrato.
- Taxas de propaganda
Contribuição do franqueado para o marketing e ações para divulgar a rede.
- Taxas de sistema
Taxa pelo uso de tecnologias específicas e sistemas que demandam altos custos de manutenção.
- Taxa de serviço
Valor cobrado quando a franqueadora efetua um serviço não planejado na unidade franqueada.
- Custos operacionais
Gastos comuns como aluguel, serviços de telefonia, internet, energia elétrica, estoque, funcionários, etc.
QUAIS SÃO OS PRÓS E CONTRAS DAS FRANQUIAS?
Assim como qualquer outro tipo de investimento sério, abrir uma franquia tem seus prós e contras. Antes de decidir investir na rede, vale a pena conhecer todos eles a fim de tomar uma decisão consciente. Um dos prós mais em evidência é o fato da marca já estar consolidada no competitivo mercado. A rapidez com que o negócio pode começar a funcionar é outro ponto a favor. Possuir uma rede de relacionamento com outros franqueados e receber treinamento para gerir o negócio também são inestimáveis.
Mas nem tudo acontece às mil maravilhas no mundo dos franqueados. Um exemplo disso é a impossibilidade de mudar qualquer coisa na marca ou imprimir seu próprio toque ao negócio. Muitos empreendedores podem sentir que sua criatividade fica limitada aos padrões da rede franqueadora. Outra desvantagem são os excessivamente altos custos exigidos para que o franqueado possa ter o suporte oferecido pela franqueadora. Sem falar no risco que existe de que alguns franqueados causem algum dano à marca e cause prejuízo a todos.
Por: Luis Carvalho
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