Mercado Pet expande na pandemia com novidades no setor
Espaço de lazer para cachorros, colchões especiais e álcool gel específico para animais fazem sucesso e garantem faturamento em meio a crise.
O mercado pet deve crescer 6% em 2020, mesmo com a crise gerada pela pandemia do coronavírus, segundo o Instituto Pet Brasil. O setor conseguiu se manter e ganhou novos modelos de negócio.
Diversão para cachorros
A engenheira química Karen Fujiwara largou a profissão e apostou em um negócio próprio durante a pandemia: o cachorródromo, um espaço de lazer para cães, recém-inaugurado em São Paulo.
Com 2,5 mil metros quadrados, o local tem parque, brinquedos, piscina, produtos e serviços, e em 15 dias de operação recebeu mais de dois mil cães.
Para entrar, os donos dos cães pagam R$ 20, mas a maior receita vem das lojinhas alugadas para pequenos empresários do setor. A mensalidade dos espaços varia de acordo com o tamanho, cada metro quadrado custa R$ 200.
Mudança na operação
O dono de uma fábrica de colchões ficou sem vender por causa da pandemia e mudou o foco do negócio. Robério Andrade Araújo usou toda estrutura que tinha para fazer camas para novos clientes: cães e gatos.
A fábrica de Robério fica em Porto Nacional, no Tocantins. Ele mesmo pegou a estrada com seu caminhão e passou a oferecer as camas nos pet shops.
Robério conta que está vendendo mais de mil colchões e camas pet por mês e faturando o dobro do que ganhava antes da pandemia.
Álcool gel especial
Com a disseminação do coronavírus, os donos de animais de estimação se depararam com um problema: como fazer a limpeza dos bichinhos depois de um passeio? Uma empresa do setor criou um álcool gel especial para resolver o problema.
O produto, certificado pela Anvisa, leva álcool de cereais e não o etílico, utilizado no álcool gel tradicional, que pode irritar a pele dos animais. O principal componente é um agente germicida usado em enxaguantes bucais.
A aposta da empresa foi certeira, apesar de ter sofrido no início da crise. “A gente teve queda nas vendas porque o nosso foco são acessórios, mas depois, com esse novo produto, a gente recuperou e aumentou em 60% o faturamento”, conta o empresário Diogo Petri.
Fonte: G1