O que é gestão do conhecimento?
Durante muitos anos, a relação do funcionário com o maquinário da empresa era o mais prezado durante o trabalho. A capacidade do colaborador em controlar o item mecânico para a produção de bens era seu diferencial, principalmente em um ambiente puramente tecnicista. Porém, com o desenvolvimento tecnológico ao longo do tempo e a chegada da Era da Informação, outro fator ganhou destaque: o conhecimento e a capacidade crítica do funcionário perante às situações-problema.
E, para refletir e organizar as informações importantes em um novo contexto, surgiu a Gestão do Conhecimento. Por definição, o termo vem do inglês “knowledge management”, e é dado para o “conjunto de processos com o objetivo de armazenar, gerir e disseminar conhecimento nas empresas”.
Se você já ouviu a famosa expressão “informação é poder”, saiba que nas corporações isso é muito verdade. Sem a Gestão do Conhecimento, não é possível facilitar o aprendizado de novos processos por colaboradores menos experientes, por exemplo. Para efeito de ilustração, imagine que um funcionário é gerente de um departamento e trabalha na empresa há dez anos. Ele é responsável por gerir a relação com fornecedores e clientes todos os dias, além de saber tudo sobre a companhia em que trabalha. Entretanto, de repente, ele fica doente e não poderá ir ao trabalho durante uma semana. Se os outros funcionários não tiverem aprendizado necessário para suprir a falta do gerente, nem ferramentas informativas para tal, o departamento pode virar um caos. Por isso, estruturar o conhecimento adquirido pelo funcionário ao longo do tempo é muito importante. E isso, é uma das bases da Gestão do Conhecimento.
PILARES DA GESTÃO
Uma das mais importantes bases da Gestão do Conhecimento é o controle do capital intelectual, ou seja, o que foi aprendido por alguém. Ainda usando o exemplo anterior do gerente, é preciso salientar que, por estar trabalhando há dez anos na empresa, ele detém muita informação. Este funcionário já enfrentou diversas adversidades no dia a dia e precisou utilizar as mais diferentes estratégias para derrubá-las. Em sua ausência, é muito provável que problemas parecidos aparecerão novamente. Por isso, um banco de dados com informações estratégicas para a solução desses problemas, por exemplo, agilizaria processos e traria mais assertividade nas decisões.
Uma outra base importante na Gestão do Conhecimento é a administração das competências necessárias. Ou seja, é valioso saber o que será preciso para desenvolver a empresa com base nos dados previamente armazenados. A partir da detecção das necessidades, um gestor pode fazer uso de cursos e treinamentos para qualificar seus funcionários. Com isso, ele irá garantir que seus colaboradores solucionem problemas mais facilmente e elevem a efetividade do negócio. É importante dizer, entretanto, que não é qualquer tipo de treinamento que configura gestão de competências. Para isso, os cursos devem ser específicos para a área de atuação dos funcionários.
COMO DISSEMINAR CONHECIMENTO NA EMPRESA?
Para as informações fluírem no ambiente empresarial, é necessária transparência e participação interativa. Fóruns de discussão, por exemplo, são boas estratégias para refletir sobre comportamentos e ações tomadas diante de problemas. Mapear e disponibilizar caminhos de atuação via ferramentas eletrônicas também pode trazer agilidade aos processos.
O essencial sempre a se fazer, portanto, é abrir espaço para o compartilhamento de ideias, armazená-las junto às informações técnicas, capacitar a equipe para as ações, e permitir que esses conteúdos sejam acessados de maneira simples e global, de acordo com a área de atuação de cada colaborador.
Por: Rudiney Freitas