Pix: o que é e como funciona
Muito tem se falado sobre Pix. Mas, o que é exatamente? O Pix nada mais é do que um novo meio de pagamento – assim como os boletos, TED, DOC, transferências entre contas e cartões de débito e crédito -, que vai envolver transações digitais instantâneas em todo Brasil, ou seja, com rapidez e em qualquer horário. O que é e como funciona o Pix você vai conferir ao longo deste artigo.
Este modelo foi criado pelo Banco Central (BC) e a previsão é que comece a vigorar em 16 de novembro deste ano. No entanto, em outubro os bancos já iniciaram o período do seu cadastramento, para gerar a “chave Pix“, uma das opções que vai permitir a realização das operações. O prazo para o encerramento do cadastro será em 3 de novembro.
O QUE É O PIX?
De uma maneira geral, o Pix como outras soluções tecnológicas – a exemplo dos sistemas de gestão, tem como objetivo simplificar e trazer mais agilidade para o dia a dia das pessoas. Neste caso, a praticidade é focada nas transferências instantâneas, que se tornam disponíveis 24 horas por dia, em todos os dias da semana. Para que isso aconteça, todas as transações vão passar por uma base de dados única, gerenciada pelo BC.
O meio de pagamento será oferecido por prestadores de serviço de pagamento, a exemplo de bancos, fintechs e demais instituições financeiras, em seus diversos canais, entre eles o celular. E tem o intuito também de transformar a maneira como os brasileiros pagam suas contas, realizam compras, transferem valores, se tornando cada vez mais digitais.
É importante destacar, que o Pix é uma opção mais rápida e prática; e que os outros meios de pagamentos como TED, DOC, boletos e cartões continuarão a existir.
COMO VAI FUNCIONAR O PIX?
Retomando o que falamos anteriormente, o Pix promete que as transações aconteçam em tempo real, ou seja, a partir do momento em que o pagamento é realizado, imediatamente chega para o seu destinatário.
As transações serão feitas por QR Code e pela “chave Pix”, ou seja, com o cadastramento de CPF, CNPJ, e-mail, número do celular ou ainda uma chave aleatória, opções que ficarão vinculadas a uma conta. Entretanto, também há a possibilidade de fazer o preenchimento manual dos dados.
Apesar de concentrar as transações via celular, os computadores (desktop) poderão ser utilizados para esta funcionalidade, por meio do internet banking. Por isso, esse novo sistema poderá ser utilizado para pagar contas diversas, nas compras online e física, além de realizar transferências.
O Pix também deverá respeitar valores e limites iguais a outros meios de pagamento. Desta forma, o Banco Central quer garantir a concorrência entre os produtos oferecidos pelas instituições financeiras.
Já o comprovante da transação, sempre será recebido pelas duas partes: pagador e recebedor. Para o pagador, o comprovante deverá conter, pelo menos, o número da transação, o valor, a data/hora, a descrição da transação e as informações do destinatário (a pessoa ou empresa que receberá o Pix).
Chave Pix – informações adicionais
O cadastro da chave não é obrigatório. No entanto, é uma recomendação do Banco Central para receber um Pix. De acordo com a instituição, é uma opção mais prática e ágil para iniciar uma transação.
Cada pessoa física pode ter 5 chaves para cada conta da qual for titular. Já as pessoas jurídicas podem ter 20 chaves para cada conta do qual forem titular. E aqueles que têm mais de uma conta em banco ou em outra instituição financeira, podem incluir todas no Pix, mas cada uma delas deverá ter uma chave diferente. Entretanto, é possível vincular todas as chaves (isso inclui CPF, número de celular e e-mail) a uma mesma conta.
Atenção aos erros!
Pagamentos e transferência pelo Pix vão exigir mais atenção dos brasileiros, justamente por ser um meio instantâneo. Se houver um erro, a devolução só poderá ser feita com a devida autorização do recebedor.
O PIX É PARA TODO MUNDO?
Sim, todos podem usar o Pix: pessoa física, MEI, (microempreendedores individuais), jurídica, empresas, desde que tenha uma conta em banco ou carteira digital. E as transações também podem ser feitas entre elas, independente da categoria que se enquadrem. Por exemplo: este meio de pagamento pode ser usado para pagar uma conta de água, para fazer compras em uma loja virtual e para pagar um prestador de serviço.
É importante ressaltar que o Pix é gratuito para pagamentos ou transferências. No entanto, terá um diferencial em relação ao DOC e à TEC: quem paga o custo da operação será o recebedor.
PIX É SEGURO?
O PIX, ou melhor, sua estrutura será centralizada em uma base de dados mantida pelo Banco Central. E todas as transações serão protegidas por sigilo bancário, bem como serão criptografadas, trafegando na Rede do Sistema Financeiro Nacional. Além disso, as chaves de cada consumidor, assim como outras informações pessoais, estarão criptografadas e armazenadas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT).
De acordo com o BC, apesar de as chaves serem compostas por dados facilmente conhecidos, como número de celular ou e-mail, a segurança do sistema não fica comprometida porque quem vai pagar precisa utilizar métodos de autenticação que já usa hoje na sua conta, como senha numérica ou identificação biométrica e facial.
Já em relação a roubo ou furto de celular, a instituição afirma que o aparelho não está vinculado ao uso do Pix. O que é considerado fundamental para a segurança é a senha para acesso ao aplicativo do banco.