Prévia da inflação cresce em outubro e fica em 1,2%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 1,20% em outubro, um aumento de 0,06 ponto percentual (pp) acima do valor registrado em setembro (1,14%). A variação é a maior para um mês de outubro desde 1995, quando atingiu 1,34%, e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016, período em que chegou a 1,42%. Os dados foram divulgados na terça-feira (26 de outubro) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA é uma prévia da inflação oficial do Brasil. No ano, o IPCA-15 já acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, de 10,34%, acima dos 10,05% registrados no período imediatamente anterior. Em outubro de 2020, a taxa foi de 0,94%.
Com o maior impacto individual (0,19 pp) no mês de outubro, a energia elétrica (3,91%) foi destaque no grupo habitação (1,87%). Segundo o IBGE, a alta tem como motivo principalmente a vigência da bandeira tarifária de escassez hídrica, a mais alta entre todas as bandeiras. Já no grupo dos transportes, os combustíveis continuam em alta (2,03%) e pressionando os preços. A gasolina, componente com o maior peso no Índice que mede a prévia da inflação, subiu 1,85% e acumula 40,44% em 12 meses. Os demais combustíveis — etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%) — também registraram elevação.
Alta no preço de alimentos e bebidas também colaborou para aumento do Índice
De acordo com os dados do IBGE, o grupo de alimentação e bebidas também teve aumento de preços (1,38%). A principal influência foi a alimentação no domicílio, que passou de 1,51% em setembro para 1,54% em outubro. A alimentação fora de casa acelerou na passagem de setembro (0,69%) para outubro (0,97%), principalmente por causa do lanche (1,71%), cujos preços haviam recuado 0,46% no mês anterior. A alta da refeição (0,52%), por sua vez, foi menor que a observada em setembro (1,31%).
Todas as áreas analisadas pelo Índice registraram alta em outubro. O menor resultado ocorreu em Belém (0,51%), devido à queda nos preços do açaí (-4,74%), das carnes (-0,98%) e dos itens de higiene pessoal (-0,64%). A maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%), com altas da energia elétrica (4,15%) e da gasolina (3,47%).
Redação MarketUP | Fonte: Agência Brasil