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2015 será um ano de ajustes no campo econômico
Depois de um ano de crescimento baixo – as últimas previsões do mercado estimam alta de 0,24% no PIB de 2014 – e elevação nos índices inflacionários (com risco de que a inflação supere o teto da meta, segundo notícia publicada no jornal Folha de S. Paulo), a expectativa é que para 2015, a economia passe por ajustes necessários para que haja queda na inflação e retorno do crescimento.
Esta é opinião de Marcelo Carvalho, economista-chefe para a América Latina do banco BNP Paribas, proferida em coletiva realizada na última segunda-feira (24 de novembro). Na entrevista, Carvalho divulgou as projeções do BNP para a conjuntura econômica de 2015.
Quanto à inflação, o economista informou que o mais importante é que lidemos com dados reais. “É preciso parar de maquiar a inflação através da administração de preços, para que possamos ter um quadro real da inflação. O segundo passo é a adoção de políticas fiscais e monetárias que aproximem a inflação da meta em um a dois anos”, disse Carvalho. Para 2015, a previsão do BNP é que a inflação continue alta e ultrapasse em até 0,5% o teto da meta – chegando a 7%.
Outro fator que pode tornar ainda mais complexo o ano de 2015 do ponto de vista da condução da economia, é a necessidade do ajuste das políticas fiscais. “(A política fiscal) vai ter que ser apertada, para que consigamos manter os investimentos no país e melhoremos o desempenho das contas”, afirmou Marcelo Carvalho.
O economista ainda teceu elogios para a nova equipe econômica anunciada pelo Governo Federal. “Joaquim Levy – futuro ministro da Fazenda – é um nome excelente. O primeiro desafio é saber se a nova equipe terá suporte político para fazer os ajustes necessários. O segundo desafio é o econômico – crescimento baixo, inflação alta – esse ajuste não é indolor. Esse ajuste é politicamente difícil e economicamente desafiador. Mais do que a equipe econômica, importam as políticas e a implementação delas”, analisou Carvalho.
A conclusão é de que as correções na política econômica serão inevitáveis e o efeito não será imediato – em 2015, por exemplo, o BNP Paribas ainda prevê um crescimento próximo de zero – todavia, estas correções serão necessárias para que a economia do país retome os trilhos de um crescimento seguro.
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Por: João F. Barros