taxa selic Finanças e Tributos
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mar

Taxa Selic: o que é, como é definida e o impacto da alta no comércio

A Selic nasceu em 1979, quando a economia brasileira enfrentava a hiperinflação.

Seu objetivo sempre foi ser uma ferramenta para controlar a inflação: qualquer mudança nas taxas de juros pelo Banco Central do Brasil fará com que a inflação suba ou desça.

Na economia brasileira, a taxa Selic é a taxa básica. Ou seja, são os juros que ela decide cobrar em transações financeiras como empréstimos, financiamentos e crédito em geral.

Dessa forma, a Selic afeta diretamente o poder de compra dos brasileiros. Isso porque,  quando os juros estão altos, fica mais difícil comprar produtos com valores elevados e que exigem crédito.

Por um lado, com a Selic baixa, os fluxos de comércio e moeda são estimulados. Por outro, isso soa bem, mas levará a uma inflação terrível.

Sendo assim, o Copom costuma fazer jogos com a Selic na tentativa de controlar a inflação no país. Nem muita inflação e nem pouco acesso ao crédito.

Como funciona a Taxa Selic?

A Selic é definida pelo Copom, nosso comitê de política monetária do banco central. O comitê se reúne a cada 45 dias para determinar o escopo e a magnitude dos ajustes das taxas de juros.

Nesse sentido, o comitê considera a inflação corrente medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo IPCA.

Qual é a Taxa Selic hoje?

A taxa Selic está atualmente em 12,75% ao ano. Foi definido pelo Copom em 16 de março de 2022, com a decisão de elevar os juros de 11,75% para 12,75% — o décimo aumento consecutivo.

Porque ela controla a inflação?

As taxas Selic são usadas principalmente para regular a inflação no país. Copom eleva a taxa Selic quando a inflação está alta.

Isso leva a uma diminuição do poder de compra das pessoas, o que faz com que a oferta do produto seja maior ou igual à demanda. Portanto, a inflação cai.

Se a inflação está baixa e o governo quer estimular maior crescimento econômico, baixa a taxa Selic.

Com isso, é possível que mais pessoas consigam utilizar um cartão de crédito para financiar uma casa ou comprar um produto. O que nutre os negócios, faz crescer as empresas e cria empregos.

Mas quando é fácil comprar coisas e a produção do país não consegue acompanhar a demanda, a inflação aumenta.

Portanto, o valor da Selic deve sempre equilibrar esses pratos com base na inflação atual.

Como afeta a economia e o comércio?

Além do impacto na inflação, a taxa Selic também impacta diretamente o crescimento econômico e a qualidade de vida da população. A alta da Selic desacelera o consumo de médio prazo, especialmente de bens duráveis.

O aumento da base de juros também deve encarecer o crédito para os empresários. Essa ação amplia a já elevada capacidade ociosa do setor, impacta diretamente o comércio e dificulta a geração de novos empregos e renda.

Podemos ver esses efeitos após a última reunião do Copom, onde as ações do setor varejista foram afetadas pelo movimento de alta dos juros para conter o aumento da inflação no país.

Por estarem diretamente relacionados ao consumo no Brasil, a queda do poder aquisitivo afeta o desempenho e as perspectivas de crescimento dessas empresas.

Isso porque as empresas conseguem crescer quando atingem o menor valor da taxa de juros, mantendo a inflação sob controle. Como resultado, os cidadãos podem adquirir mais bens e, assim, viver uma vida melhor.

Quando o índice aumenta, ocorre o inverso, dificultando o crescimento da empresa e o poder aquisitivo da população.

Além disso, afeta os investimentos financeiros. Isso porque, na renda variável, a empresa conta com o crescimento econômico durante a baixa da Selic para crescer, gerando lucro para os acionistas.

Na renda fixa, os títulos cujos rendimentos estão atrelados a taxas de juros se beneficiam de taxas Selic mais altas.

A Selic é sempre maior que a inflação?

O valor da Selic é ajustado pelo governo. O valor da inflação, geralmente medida pelo IPCA, é constante.

Portanto, não podemos dizer que a taxa Selic é “sempre” superior à taxa de inflação. Mas há uma relação entre eles, que a Selic mais alta atrai uma inflação mais baixa.

A Selic é uma ferramenta de controle da inflação. Quando o governo aumenta, a inflação tende a cair.

Isso porque quando as taxas de juros sobem, o acesso a recursos de crédito, empréstimos, financiamentos diminui.

Como resultado, os gastos do consumidor diminuem, a oferta começa a superar a demanda e a inflação cai.

Conclusão

Das diversas modalidades de taxas, aplicações e outros recursos do mercado financeiro, a Taxa Selic é provavelmente a mais importante.

Afeta diretamente nossas vidas, seja investindo tempo ou gastando tempo. Afinal, é ela quem decide sobre financiamentos, empréstimos e juros de famosas poupanças.

Agora que você já sabe tudo sobre o assunto, ficou mais fácil acompanhar as novidades e aprender a investir em renda fixa.

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Autor:

MarketUP

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